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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

GALOS

Era o que eu temia aconteceu, não tem um galo, tem dois.

Descobri duas coisas, uma boa e outra ruim. Qual vocês querem primeiro, já sei a boa.

A boa é que eu acordei as 4:54 da manhã de hoje e percebi que o galo não cantava neste horário, portanto ele estava dormindo, não é que o infeliz dorme? Isto é bom.

No entanto, após adormecer um pouco mais, lá pelas 5:10, acordei de novo e o infeliz  do galo acordou e começou a cacarejar, timidamente. Decidi tentar dormir mais um pouco, mas não consegui. Para minha surpresa ouvi um cacarejo diferente e pensei: - será que o galo está rouco?? Oscilando entre um  cacarejo agudo e outro mais grave, a cantoria foi fluindo e com grande intensidade.

De repente ouvi um cacarejar e saltei da cama, não é que os cacarejos agudo e grave se uniram!!!!

Grande conclusão, são dois galos e não um só, esta é a noticia ruim, agora tenho a certeza de que se um não cantar o outro irá cacarejar inevitavelmente. Eis a nova dupla sertaneja, Gagudo e Gagrave.

Unidos, numa linda sinfonia ao alvorecer de cada manhã, cacarejam juntos e alternados. Assim eles fazem uma linda sinfonia do amanhecer, nada de Mozart, Chopin ou Tchaicovski,  Gagudo e Gagrave dão o recado.

E eu acordando com as galinhas, ops, Galos, todos os dias. A ira só é maior quando vou trabalhar, pois já cansaram de cacarejar e ficam quietinhos. São Paulo é demais tem de tudo, adoro esta cidade.

O Expresso sonolento passou e vai dormir cedo, pois lá pelas 5 da manhã temos mais sinfonia.

domingo, 14 de agosto de 2011

DIA DOS PAIS - O QUE SE DIZ? PARABÉNS?

O dia de hoje é muito especial para os filhos e os pais. Os filhos porque comemorar este dia com o pai é maravilhoso.  Os pais, porque sem os filhos não seriam pais.
Como perdi meu pai, comemoro com meus filhos e é muito gostoso, não tem preço mesmo, comemorar com estes anjos que Deus nos deu.
Mas, sempre neste dia sentimos muita falta de comemorar com o pai, porque ele foi um pai e tanto. Nos faz ver o quanto ele foi importante em nossas vidas, iluminado naturalmente, sem os artifícios da sofisticação do mundo contemporâneo ou mesmo em razão de dinheiro. Não comprava carros, aviões ou almas, mas tinha uma luz única.

Cada vez que relembramos o pai Pedro, sempre há algo especial a se lembrar, sejam as piadas, o jeito, suas brincadeiras e tantas outras coisas. Quem conviveu com ele sabe bem o que falo.

Mas, hoje lembrei-me dele e vi que estes anos sem a sua presença, cada vez mais, valorizamos a sua passagem em nossas vidas.

Ele nos deu uma vida simples mas de tamanha riqueza que não há dinheiro no mundo que pudesse comprar o presente que tivemos ao conviver com ele. Para ser bastante objetivo digo o seguinte: aprendemos a ser corretos, honestos, decentes, íntegros, atentos ao mundo e tudo que nos rodeia, graças ao infindável acervo de informação que o nosso pai lia, guardava e nos repassava durante o almoço e o jantar. Hoje percebo quanto isto foi valioso, pois ter esta plena noção das coisas e do mundo, seja por se situar nele e saber discernir as coisas mais simples dos lugares, culturas e tudo que o mundo tem, foi e é simplesmente maravilhoso. Hoje não posso dar os parabéns para meu pai, pois recebo os parabéns dos filhos, esposa e irmãs, mas, posso, dentro do coração e da mente, simplesmente dizer,   por ter nos dado tanto conhecimento, lucidez, alegria, felicidade, integridade, amor e principalmente, vergonha na cara, OBRIGADO PAI, VOCÊ FOI DEMAIS. 

FELIZ DIA DOS PAIS PARA TODOS.

O EXPRESSO passou feliz da vida com o pai que teve e os filhos que tem.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O AMOR TEM VÁRIAS FACES - 20 ANOS CEGO

Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinham filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes. Até que um dia... Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo. O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e
imediatamente tenta ajudá-la. O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue apagar o fogo. Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto. Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando: -Tudo bem com você meu amor? -Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que sua beleza está gravada em meu coração para sempre. Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma: "Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro. E Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim, como um monstro Obrigado Senhor!" Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe: -COMO EU TE AMO. Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida! E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer. No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos. Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante: -"Como você é linda meu amor, eu te amo muito". Ouvindo e vendo aquela cena um amigo que esta ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre. Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada. O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quente em sua face: -Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida. E emocionou a todos os que ali estavam presentes.
 
CONCLUSÃO Na vida temos de provar que amamos! Muitas vezes de uma forma difícil ... E, para sermos felizes, temos de fechar os olhos para muitas coisas, mas o importante é que se faça única e intensamente com AMOR!
 
Autor: Desconhecido

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O GALO OU GALOS

Quando chega  a hora de dormir é muito bom. Depois de longo dia de trabalho, correria para lá e para cá, vamos tocando o barco da vida. Mas, após um reconfortante banho, a cama parece chama para dormir. 

Ao deitar, o cansaço chega de vez e então cerramos os olhos e dormimos. O relógio marcado para despertar às 6:00 horas, mais uma noite de sono. Isto é simples e a maior parte da população consegue ter uma noite de descanso normal.

Aqui em casa era assim, até que um infeliz de um galo começou a cantar nos últimos tempos. Ora, em plena cidade de São Paulo, com  vários prédios ao redor, surge um galo. Puxa sempre admirei a natureza e os animais estão incluídos nisso. Sempre os ví com olhos poéticos porque a natureza sempre dá o sentido de que Deus é o criador.

Mas o galo, nestes últimos tempos tem me irritado um pouco. O cocorocó começa às 4:40hs, pontualmente, o infeliz é mais pontual do que meu despertador. Quando ouço o cocorocó, são exatos 4:40 da manhã e acordo com ele, seguidamente até às 5:30hs, fico tentando adormecer novamente e nada de conseguir. Depois deste horário, o infeliz do galo para de cantar e já é quase dia e hora de levantar. Tenho que ir trabalhar novamente.

Como se livrar do galo ou continuar dormindo sem ele me acordar?

É um dilema. Nesta manhã tive a impressão que eram dois galos, pois quando um cocorocó acabava, logo em seguida começava outro, espero estar enganado, vou falar com o vizinho, ou ele dá um jeito no galo, para ele cantar mais tarde ou teremos um franguinho atropelado na churrasqueira.

O Expresso passou e está louco para tomar canja, esse galo que se cuide. 

domingo, 7 de agosto de 2011

EXPRESSO NOTURNO: DROGAS O FIM DA LINHA - O BRASIL DO PRESENTE??? CAVALO DE TRÓIA?

EXPRESSO NOTURNO: DROGAS O FIM DA LINHA - O BRASIL DO PRESENTE??? CAVALO DE TRÓIA?

DROGAS O FIM DA LINHA - O BRASIL DO PRESENTE??? CAVALO DE TRÓIA?

O Brasil que era o país do futuro, lá no passado, nos dá um Brasil do presente, e que presente que ganhamos. Cavalo de Tróia chegou em 12 dias, no Brasil, ele demorou 40 e poucos anos. 

Será que não tem jeito?
Uma branda antiga chamada joelho de porco cantava: "....andando nas ruas do centro, cruzando o viaduto do chá  - eis que me vejo cercadooo, trombadinhas querendo me assaltar, assaltar, assaltas, trombadinhas que são, que fazem do assalto a sua profissão, na avenida São João, bebericando cachaça.........."

E ai vai a música, poucas pessoas conheceram esta banda, mas era o recado da época, para os paulistanos sobre os "Trombadinhas" do centro de São Paulo. Batiam carteira, roubavam um aqui e outro ali, sem a violência de hoje.

Eles, quando muito, andavam embriagados de cachaça, como fala a música.

Hoje, para grande tristeza dos paulistanos, os trombadinhas são verdadeiros criminosos, cheio de craque na cabeça e com armas que nem a polícia tem.

Na semana passada ouvi numa rádio a reportagem sobre a quantidade de pessoas envolvidas com essa droga e só na cracolândia, cerca de 2000 pessoas circulam atrás da droga. O tratamento, segundo o especialista é muito difícil. O drogado deve concordar em se internar para o tratamento e ainda, muito moram na rua, não possuem moradia ou vínculo familiar, sentem-se perdidos na vida, sem qualquer referência familiar e seguem se drogando.

Que tristeza, que herança que os governantes deixaram. E agora,  não tem solução?

A democracia permite tudo, ou quase tudo, só não pode forçar um drogado a se internar para tratamento, porque a lei não deixa. Aliás, refletindo, isto é bastante conveniente, pois os governos não têm estrutura adequada para tratar um drogado com dignidade e depois dar um encaminhamento para ele, como uma vida digna, família, trabalho, etc.. Por isso a democracia é boa, se fizer,  a sociedade agradece, se não fizer a sociedade não liga, nem se preocupa, só vai se preocupar quando matam alguém da própria família, ai sim ficam indignadas, vão procurar deputados para fazer projeto de lei, etc..

Não. Está errado. É preciso exigir das autoridades, medidas efetivas e mesmo que hoje o estado não tenha as condições adequadas, elas detém o poder de polícia para o combate do tráfico.´Por que não destacam grupos especiais (sabemos que há) de policiais da inteligência,  para prender os que produzem a droga, os tubarões da droga. Nossa polícia tem competência para isso e podem ter resultados muito melhores dos que vemos hoje. É preciso pagar melhor estes policiais e pagar adicionais por resultados obtidos no combate ao traficante e às drogas.

Se o estado não consegue construir clínicas e meios de continuidade no tratamento de drogados, por que não concedem grandes benefícios fiscais para a iniciativa privada criar programas eficazes de auxílio ao dependente químico? O rico tem dificuldade de sair das drogas, pagando clínicas caríssimas, quiçá o drogado pobre. A pouca lucidez que sobre para o drogado, ele usa para roubar e matar sem piedade e obter os meios para compra da droga. Vidas são terminadas em troca de um celular, um relógio, que logo são trocados por drogas. Que tristeza.

Isto são coisas que ouvimos há muito tempo sobre a cracolândia e não conseguiram resolver esta questão. O duro é que estão lá todos os dias e ninguém faz nada.

Por outro lado, tem algo acontecendo e que é tão sério quanto as drogas, mas em proporção absurdamente grande e venho observando em vários lugares do ABC e São Paulo, assim como em vários estados brasileiros, a juventude em franco caminho do alcoolismo. Vi algumas cenas deprimentes de grupos de jovens com garrafas de vodka nas mãos e viravam no próprio gargalo. O que será deles, se sobreviverem, daqui alguns anos? Será que teremos clínicas suficientes para atender estes potenciais alcoólatras?

Tem alguém se preocupando com isto? A bebida é legal, grande parte da população bebe, o que eu teria com isso?

Pelo que tenho visto, acho que é hora de fazer,  algo antes que fique tarde. Perambulando por ai, cheguei a conclusão que ao menos uma lei que proibisse a ingestão de álcool nas ruas, poderia ser um bom começo. Aliás poderia ir um pouco mais longe, como hoje em dia a informática está dominando, para você beber, somente poderia ser em bares, onde tivesse um controle em computadores por RG dos bebuns que ali passaram, poderia ficar armazenado por um mês e isto até ajudaria no caso de acidentes de veículo.

O que vocês acham???

O Expresso passou mais uma vez.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O REGRESSO ILÁRIO - TRAGICOMÉDIA

Para este comentário fui obrigado a refletir se ia ou não contar para vocês, mas decidi compartilhar, pois a tragédia muitas vezes pode ser uma comédia, então vamos lá:

Um passeio muito bom, cujos detalhes ficam para outra hora, terminou  com a chegada ao aeroporto de Recife, com a antecedência de praxe. Fila de check in imensa e mala por despachar, o que fazer? Olhei o totem de check in e lá fui eu, que beleza, em um minuto, bilhete emitido e ficou apenas a mala por despachar. Duas filas, entramos na maior, como bom brasileiro, enquanto fui me informar se não havia outro jeito para despachar  a mala. Prontamente a atendende indicou uma fila menor, ufa que alívio, mas olhando bem não era tão menor assim, mas considerando que ela servia apenas para despachar malas, deduzi que seria rapidinho. Vinte minutos depois não andou quase nada, esquisito. Observando melhor havia uns passageiros que estavam fazendo chek in. Ora,  se era fila exclusiva para despachar a mala, não poderia demorar tanto, mas demorou. A paciência  foi esgotando e lá fui falar com a atendente:
- Querida a fila não serve apenas para despachar a mala, por que estão fazendo check in também? A moça demonstrou  dúvida, mas não poderia desdizer e afirmou novamente que a fila servia para quem já havia emitido o bilhete e foi averiguar.
Atrás de nós uma infeliz disse, isto é normal, não sei porque está reclamando (óbvio que era mais um desses brasileiros acomodados e que vive no mundo da Alice no País das Maravilhas). Nós não havíamos almoçado e percebi que faltava pouco mais de 15 minutos para meu embarque. No entanto, para  não arrumar confusão, contive o ímpeto e aguardei mais alguns minutos antes de reclamar novamente. Neste intervalo, duas outras pessoas perceberam a demora e falaram alto sobre a demora. Isto me fez concluir que eu estava certo e ratificado por outras pessoas lúcidas do que estava ocorrendo.
Quando a atendente percebeu a irritação das pessoas, rapidamente anunciou que os passageiros do voo nosso e de outro, deveriam se dirigir para outra fila, pois o embarque esta iniciando. Excelente, finalmente conseguimos despachar a mala, após longa espera, já um pouco irritado, faminto e chateado por constatar a grande dificuldade que o brasileiro enfrenta nos aeroportos nacionais e não se vê solução a curto prazo.

Muito bem, já nos respectivos assentos, o voo estava cheio e observamos as pessoas em nosso redor. No assento à  frente uma família de quatro pessoas, o casal e duas meninas, sendo uma pequenina de 4 anos e outra de 9 anos. Batemos o olho na pequena e achamos uma graça e lembramos dos nossos filhos que não haviam viajado pela primeira vez conosco.

No banco de trás uma garota bem robusta acompanhada do respectivo "meninão", que se notava, com muita evidência, também acima do peso.

O avião subiu e com muita esperança de que chegássemos rapidamente ao destino, fomos surpreendidos com a informação de que faríamos escala no Rio de Janeiro. Ué, o voo era direto e ganhamos mais este brinde. Bilhete enganoso!!! Não havia o que se fazer aquela altura, senão ter paciência, mais uma vez. O avião subiu e fechei os olhos, na tentativa de adormecer, isto faria com que o tempo passasse mais rápido. De repente, não mais que de repente, ouço um grito estridente, alto e apavorante, ou melhor eu fiquei apavorado, abri os olhos e vi que não era nada demais, apenas aquela gracinha de criança, indignada com alguma coisa. Bem vamos tentar mais uma vez, cerramos os olhos e em menos de um minuto outro grito. Pela intensidade, achei que haviam batido na menina. Pensei, não vou nem perder tempo de abrir meus olhos.
Não tenho certeza mas acho que cochilei alguns minutos, segundos, sei lá, só sei que outro grito fez-me abrir os olhos com força para saber se haviam feito algo de ruim à menina e em seguida atirado pela janela. Ufa, vi a menina ali e a hipótese de terem atirado pela janela, graças a Deus, foi descartada.

O sono foi embora, porém, a menina intensificou seus gritos e então resolvi tentar entender o que ocorria com ela ou com a situação, pois não seria possível tais gritos, com tanta intensidade, volume e frequência.

Observando o contexto, vi que a menina era daquelas que comumente se vê hoje em dia, criança mimada, autoritária, sem ouvir os pais e pais, estes, extremamente omissos e passivos, sem qualquer ascendência sobre o comportamento da criança e muito menos preocupados com os demais passageiros, ou seja, verdadeira falta de educação e compostura num ambiente público, onde ao menos em respeito às pessoas, poderiam controlar a criança. Digo isto,  porque tenho filha pequena e sabemos que não é muito fácil educá-las hoje em dia, razão pela qual ficamos atento às crianças que nos rodeiam para analisar os vários comportamentos e buscar meios para manter uma boa educação, principalmente em locais públicos ou em lugares onde nem todas as pessoas são obrigadas a conviver com pessoas mal educadas. Ensinar a se comportar em lugares públicos é obrigação dos pais, mesmo que estas crianças cometam deslizes, pois é da própria natureza delas exceder e avançar sinais, por isso que os pais devem conduzir e corrigir os excessos para se evitar os abusos, isto é EDUCAÇÃO.

A intensidade e frequência foram aumentando, eis que o primeiro passageiro, sentado ao lado do pai e da menina maior levantou-se. Obviamente que a paciência dele havia acabado. Por sorte ele com muita calma abriu o compartimento de bagagem e retirou um ipod e um fone de ouvido, cara de sorte, tinha o que era necessário para aquele momento. Sentou-se novamente e sem dizer qualquer palavra, inseriu os fones e seguiu a viagem sem falar nada. A cara dele dizia tudo.

A omissão dos pais era absurda. Foram 3 horas de tortura, com guinchos repentinos e em alto som. De repente minha mulher solta um xiiiiiiiu e põe a mão na boca, se desculpando comigo e dizendo, pensei que fosse um de nossos filhos, foi puro impulso e nada resolveu. E a menina grita, MMMMAAAAAEEEE QUE IR COM O PAPAI e pulava a menininha para o assento do pai. Passava cerca de um minuto, já gritava novamente, NNNÃAAAAAAAAAO, quero ir com a mamãe. Puro mimo. O que era uma gracinha no começo, àquela altura, parecia o Chuck.

Para encurtar, após cerca de duas horas, notei que o outro passageiro que estava sentado na poltrona ao lado da menina e da mãe levantou-se e ai preciso descrever, pois foi ilário. Ele era alto, barba cerrada, de uns 55 a 60 anos, muito calmo, em pé, olhou para a em menina que acabara de soltar um grito absurdamente alto, fixou os olhos na mãe, balançou a cabeça, com sinal de não e como se estivesse num ring de luta, no ponto mais alto do seu esgotamento e após tanto socos,  jogou a toalha ao chão, olhou ao seu redor e fixou os olhos em nós e disse (com muita calma): -  Não dá, não tem mais condições, vou ficar andando pelo avião até que ele desça e seguiu caminho em direção a cabine do piloto. Há muito tempo não via uma cena tão ilária que me fez tirar do sério e cair numa tremenda e gostosa gargalhada (mas entendendo que a situação representava uma profunda tristeza, já que são serem humanos que merecem respeito, principalmente por desejar ter uma viagem tranquila e não estávamos tendo). Triste a situação mas a cena muito ilária, pelo comportamento daquele homem.

Depois de um bom tempo, o avião começou seu procedimento de descida e ele retornou ao seu acento. Estávamos prestes a descer no Rio e com ele, muita expectativa e oração para que aquela criança e seus pais descessem no Rio também. Dito e feito, para felicidade dos passageiros, eles desceram.

Após a saída daquela família, faltou muito pouco para que aplaudissem aquele homem, pela atitude a paciência demonstradas, diante do caos instalado naquele avião. Só não aplaudiram porque também estavam cansados do martírio e não me contive, ele nos olhou, com que tendendo a se justificar, mas logo disse: - O Sr está de parabéns, sua paciência foi de um monge tibetano e Confúcio ficou para trás. 

Finalmente seguimos viagem para São Paulo. Pensam que acabou, nada disso. Relaxamos e reclinei o banco com a intenção de cochilar para descansar e para que o tempo passasse mais rápido.

O avião decolou e quando estava prestes a iniciar a descida, foi anunciado pela comissária que os cintos deveriam ser afivelados e a poltrona reposicionada para cima. Como viajamos com certa frequência, percebemos quando o avião está próximo do aeroporto ou não e resolvi ficar mais alguns minutos naquela posição até que sentisse que ele estaria mais próximo do chão, eis que o meninão e a meninona cutucam meu assento, para chamar a atenção, eu já havia me esquecido dos "tepeches" e o meninão, com aquela postura digna de um Lord Inglês tupiniquim, diz, "Oh volta ai a poltrona ai meu, o avião ta desceno". Eu olhei para trás e vi aquela cena  estarrecido, pois a educação do povo, coisa fina jamais vi e me lembrei das peças. Pensei, o que estes infelizes tem com isso? Tenho culpa eu agora, que são obesos? Devem comer pelas orelhas e eu pago o pato? Tenho culpa que os aviões são contruídos com dimensões para pessoas com certo peso e eles não cabem neles? Por que não voam de primeira classe, o banco é mais espaçoso ou vão na fila da saída de emergência que tem mais espaço para as pernas? Quem deu a liberdade a estas tristes figuras de se dirigir a nós, com aquela entonação? Sem um pingo de educação,  me armei para soltar o verbo, mas, naquela altura do campeonato, depois do Chuck infernizar o voo inteiro, o time dos obesos entrou em campo para decidir nos penaltis e então entendi, a poltrona reclinada estava incomodando a fofa e o quanto antes eu subisse o encosto, ela acomodaria o invólucro dos excessos alimentares cometidos outrora. 

Então, com muita paciência e em nome da paz, resolvi terminar a viagem sem tecer comentários ou dirigir a palavra aos tepeches. Afinal o passeio estava tão bom, não iria me indispor com eles, porque a confusão seria grande.

Quando saímos daquele avião foi um alívio, simplesmente para aprender a dar mais  valor,  à palavra PAZ. Ela é de suma importância em nossas vidas.

Nota: É lamentável ver o povo que outrora não possuía condições de viajar de avião e agora o tem, demonstrar tanta falta de educação e compostura, especialmente em se tratando de ambiente público, onde os passageiros mais educados, pagam um preço bastante alto por conviver com estes outros,  que não têm a mínima noção de respeito aos  limites entre o seu espaço e o espaço alheio. Pessoas assim devem permanecer em seus habitats de origem, provavelmente selvagem, onde a linguagem entre seus pares, deve ser a mesma. isto é apenas um relato da realidade brasileira. Cômico se não fosse trágico.

O Expresso passou voando baixo hoje.